"Entre dois Mundos"

"Entre dois Mundos"

domingo, 2 de junho de 2013

Lei da Atração

Dizem que atraímos aquilo que pensamos. Aquilo que somos.

Gostaria de saber o que ainda resta em mim de inveja, ódio, sarcasmo, maldade.

Não tenho alguém que não queira algo de mim em troca. Não tenho grupos de amigas com quem sair e conversar, sem ter de ouvir, no dia seguinte, comentários mesquinhos sobre meu comportamento ou sobre o que imaginam que sou.

Gostaria de saber por que alguns odeiam-me a ponto de não olharem em minha face, se eu nunca (nesta vida) lhes fiz mal algum. Pelo contrário, por eles fora usada e, consequentemente, fora forçada a usá-los.

Jamais - JAMAIS - dissera a quem quer que fosse uma palavra de desdém. Jamais semeei discórdia entre famílias com os segredos que guardo de muitos que conheço. Os mesmos que têm o prazer em falar de mim pelas costas. Mas, o mundo é pequeno demais e, tais fofocas acabam por chegar até mim.  Não sinto dor. Sinto tristeza e acabo por pensar: "Por que atraio este tipo de pessoa?".  Serei igual a eles em que momento? 

Lembro-me bem dos erros cometidos nesta vida. Minha consciência não me deixa esquecer dos mesmos. Mas não me recordo de ter humilhado, maltratado, pisado em alguém. 

Percebo - agora - que não terei mais chances de encontrar alguém. Isto não é o pior. O pior é tentar entender por que as pessoas que machucaram meu coração seguem felizes. Não é inveja. É tão somente uma reflexão...

Resta-me seguir.  Queria - ao menos - ser curada desta tristeza imensa que habita em meu coração. De onde vem? Como arrancá-la de lá? 

Odeio sentir-me egoísta diante de tanta gente com problemas maiores que os meus, sorrindo.  Seguindo adiante sem ter esta ingrata tristeza que habita em meu coração.

"Como quer encontrar um amigo se não sai de casa?"perguntam-me. Sair para quê?  Não há nada lá fora, além de pessoas que falarão até do meu jeito de dançar, pois, sem conhecerem quem sou por dentro, falarão do exterior.  Falar pelo prazer de maldizer.

Calo-me. Ausento-me. Deixo de olhar, de sorrir.  O julgamento dos homens é mais severo do que o do Pai.

Meu Pai que tanto me ama e a Quem tanto desapontei...

Perdão, Senhor.

Saibam que jamais tentarei fugir da vida, apesar de não estar mais conseguindo viver com a bagagem que carrego.

Sou totalmente contra o suicídio. É algo que está em mim. Não é uma ideologia. Não é um julgamento. Sou eu. Jamais tiraria o que Ele deu a mim com tanto amor.

Porém, hoje, compreendo melhor aqueles que fugiram.  Compreendo a corajosa covardia ou a covarde coragem dos que cometeram o suicídio. Não suportaram a pressão de um mundo que massacra os mais sensíveis. Os que sofrem calados por não terem com quem conversar. Os que nunca receberam um abraço sincero.

Deus esteja com eles.

11h12m - 02/06/2013

Um comentário:

  1. Minha linda, amei seus texto, escreve muito bem.
    Sobre suicídio, creio que Deus não da um fardo maior do que conseguimos carregar e caso o seu esteja muito pesado, ore a Deus que ele vai ajudar a carrega-lo.

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