É tempo de sumir, de evaporar, de hibernar.
É tempo de parar e pensar.
É tempo de rever o que já fora visto, revisto e previsto.
É tempo de chorar tanto a ponto de não ter mais lágrimas a secar.
É tempo de tentar parar de entender o porquê das coisas, dos acontecimentos. Dos atos de pessoas que - querendo ou não - machucaram meu coração.
É tempo de esquecer o mundo lá fora. Minto! Nunca vivera a vida lá fora.
É tempo de esquecer de tentar viver lá fora, ainda que o resto de vida que bate aqui dentro queira - imensamente - experimentar novamente o que nunca fora experimentado.
É tempo de aceitar, caminhar, sem questionar. Não haverá respostas. Seria pura perda de tempo questionar.
É tempo de escutar minha música preferida e pedalar sem rumo, sentindo o sol em meu rosto e o vento a despentear meu cabelo sempre em desalinho.
Não me cuido. Não me ajeito. Não me produzo.
Sou. Simplesmente sou. Aprendera a ser e gosto disso.
É tempo de não mais esperar por algo que me faça entender porque provoco a ira de alguns homens que passaram - e outros que ainda continuam - em minha vida.
É tempo de me perdoar por ser como sou e de, por isso mesmo, ser rejeitada, desprezada, odiada por homens com quem um dia convivera. Talvez jamais entendam que ainda que incisiva e sincera, sou educada. Ainda que dura, sou leal. Ainda que forte, sou sensível. Ainda que tenha punhos de aço, sou mulher. Ainda que mãe e filha, sou um ser humano, repleto de bons sentimentos, escondidos na escuridão de meu quarto por temer uma nova e mais perversa agressão.
É tempo de hibernar, de me esconder do que me arrasta à lama.
É tempo de matar aquela que me desvia do Caminho. Que me leva ao abismo, de onde sou retirada por mãos que ainda me querem bem.
É tempo de tentar esquecer o que fora. O que não pudera ser e tentar ser o que sempre quisera ser: alguém.
Ainda é tempo de livrar-me dos vícios. Ainda há tempo...
É tempo de esquecer amizades nunca conseguidas. Amores nunca experimentados, reencontros tão esperados.
Só não me tirem a música! Sem ela não conseguiria suportar o peso imenso das horas amargas.
É tempo de entregar-me aos livros, amigos fiéis. Com sorte, levar-me-ão aonde quero chegar.
É tempo de esquecer o "Poder da Mente", "O Segredo", o "dinheiro e sabedoria para usá-lo".
É tempo de saber que já não há mais tempo...
http://youtu.be/x4XVJj4jER4
21/09/2013 - 00:29
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