Os frios não sofrem. Os frios aproveitam-se dos que têm emoções. Os frios são feios, são fétidos, embora façam o uso de máscaras, por vezes, lindíssimas.
Os frios não necessitam de amor. Necessitam de alguém que os sirva.
Os frios são feios...
Os frios - por vezes - convivem entre os emocionais - idiotas emocionais - por muito tempo, sugando-lhes a jovialidade, a doçura, a inocência.
Os frios - após a utilização calculista de emocionais - jogam-nos fora, como um monte de bosta que verdadeiramente o são.
Vez por outra, os frios nascem do ventre de emocionais. Comem-lhe as entranhas e encondem-se, por anos, até que possam - com a frieza - matar, pouco a pouco, aquelas que os parira.
Os frios nos cercam...
Os frios nos adoecem, nos maltratam, nos matam. Tiram-nos a vontade de viver.
Tenho-lhes nojo.
A partir de hoje, aprenderei a conviver com os frios. Sorrirei somente àqueles que me pagarem com a vil moeda.
Aos que nada me doarem além de desprezo, jamais sorrirei. Jamais oferecerei meu colo onde - em alguns momentos - fingiram chorar.
Os frios nos cercam.
Terei de matar também a criança que vive em mim? Já não fora o bastante matar a mulher lasciva?
Que os deuses me ajudem a endurecer meu coração imbecil!
06/03/2014 - 14h43m
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